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O CONCEITO DO MAL: AGOSTINHO X NIETZSCHE – Arteiros do Saber
quinta-feira, abril 25, 2024

O CONCEITO DO MAL: AGOSTINHO X NIETZSCHE

emkt

O Conceito do Mal: Agostinho X Nietzsche

Em nosso Sarau Filosófico ocorrido em 21 de junho de 2018, abordamos as questões de como conceituar o “Mal”, e como entender essa questão à luz de dois filósofos distantes cerca de 1500 anos um do outro. Percebemos como um termo aparentemente tão simples como o “Mal” adquire uma complexidade em seu entendimento, e de como este termo está atrelado ao que entendemos por “Bem”, ocorrendo o mesmo dualismo entre “Bom” e “Mau”.

Se de um lado, podemos ter pessoas perplexas com a constatação através do pensamento Agostiniano da inexistência do Mal, deslumbramos uma perplexidade ainda maior, quando nos deparamos com as afirmações de Nietzsche quanto sua relativização, dada a destruição de todos os conceitos anteriores.

Relembrando a visão de Agostinho, o “Mal” não pode existir visto que todas as coisas foram criadas por Deus, e este, sendo bom, perfeito, e magnânimo, não pode conceber outra coisa, senão o bem. Nos deparamos sim, com a ausência do Bem, ocasionada pela vontade consciente do Ser Humano, dada pelo Ser Divino quando da concessão do Livre Arbítrio.

O “Bem” é determinado pelo bom uso da nossa liberdade, sendo seu mau uso, o resultado do nosso afastamento consciente de Deus. “Os pecados são apenas acidentes perfeitamente abarcados pela Ordem, mas não necessários”.

Dentro desta ótica, discutimos a questão da liberdade, fechando com a reflexão de Agostinho de que a definição de Liberdade está no fato de que “tendo-se a possibilidade de fazer algo, opta-se por não fazê-lo”, ou seja, ela se expressa na recusa de se fazer algo possível, e não na possibilidade de tudo fazer.

Quanto a Nietzsche, discutimos a diferenciação entre a moral do “senhor” e a do “escravo”, sendo o mal um resultado de uma avaliação moral da moral do escravo, baseada no ressentimento. A construção de um novo homem, ou se preferirem o termo utilizado por ele – do Super Homem, passa pela rejeição de todos os conceitos protagonizados pela religião, e pelos gregos clássicos (Sócrates, Platão e Aristóteles), voltando-se ao período pré socrático, buscando dentro dos arquétipos de Dioníso e Apolo o referencial para que o homem venha a ser a medida de todas as coisas.
Inexiste uma ética e uma moral universal. O “mau” – oposto do bom conforme o definido na moral do “senhor” – deve ser simplesmente expresso por sendo aquilo que não somos ou que não desejamos. O caminho é de um contínuo recomeço buscando fazer o homem, protagonista único do seu futuro.

Esperamos ter provocado a todos, e despertado em cada um o desejo de conhecer um pouco mais, e pensar sobre seus próprios conceitos.

Até a próxima.
Paulo Fagundes de Lima